Textos


JARDIM DO NOVO MUNDO

Restou-me

o último gesto

no desespero

do meu íntimo

manifesto,

quando

desejei voar

e encontrar 

a liberdade do voo.

 

Voo de Ícaro,

não senti calor,

congelei-me

na imensidão.

 

O ar que tragava

petrificou os pulmões,

músculos e congelou

os meus sonhos.

No fundo do quintal

brilhava o sol londrino

quando em queda livre

acertei o chão.

 

Na precisão 

das batidas 

do Big Ben, tingi 

de vermelho rutilante

o verde da grama

dos jardins de Londres.

 

O sonho 

do novo mundo

derreteu naquela 

humana explosão.

Liberdade,

frio, grama,

chão e sangue

nessa eterna 

solidão.

 

Rosalvo Abreu
Enviado por Rosalvo Abreu em 14/07/2025
Alterado em 14/07/2025
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