Em qual esquina da vida
ficou perdido o destino?
Entre tantos beijos
quais os lábios que
retiveram o sabor?
Nos caminhos dos desejos
onde ficou o querer?
Se a alma errante
não encontrou
o seu esperado ninho...
Talvez, na manhã seguinte
com a esperança renovada,
encontre um reflexo
para o afeto e tenha fim
o seu desatino.
(Pintura: “Deuil à Ouessant", Charles Cottet)