Segue o homem
No espelho azul do céu
No leito onde se deita
No aqui onde se acha
No fluir dos seus deleites
Nas águas cristalinas
Do imenso azul do mar

Seguirá nesse balanço
No azulado transparente
Só para ver aonde alcança
Nas distâncias desse mar

Nos seus olhos o anzol
Do encanto
E da esperança
Que fisga a beleza
Do seu  livre deslizar

(O homem
Todo líquido de amor
Já não sabia se olhava
Se era peixe
Ou se era mar)

A liberdade é divina
E a vida a nadar
Segue nas cidades
Na rotina a cada esquina
Como na imensidão do mar

Em cada artéria um destino
E dentro dele tantos riachos
O amor
Os desatinos
Ou uma outra ideia
No seu livre compasso

Segue o homem a viajar
Pela vida
Pelo mar
Sem saber se é peixe
Se é rede
Se é livre
Ou se é mar