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ALGAROBA

Lá onde geme as dores
e na beira do caminho
voam as corujas
quando saem dos seus ninhos
anunciando a escuridão

O verde lindo da algaroba
esparrama a esperança
no céu azulado do sertão

E pelo chão
as suas vargens caídas
alimentam o alazão

No mais distante recanto
o marimbondo exu
espanta a menina
que brinca na varanda
com medo do seu ferrão

Nos açudes
as águas esverdeiam
denunciando a seca
e o quero-quero grita
alarmando as manhãs

A algaroba com seu verde
acolhe sob sua sombra
o ano inteiro, as criações
e o forte sertanejo

E o verde da algaroba
é a esperança
que se enrama
no céu do sertão
Rosalvo Abreu
Enviado por Rosalvo Abreu em 02/06/2019


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