DELÍRIOS
Na floresta dos delírios
das palavras
vi o silêncio plantado
na pedra.
Abracei os seus gorjeios
O sol me vestia com seu véu
e as árvores gentilmente
me emprestavam
seus chapéus de sombras
Nos delírios das florestas de palavras
[de Manoel de Barros]
esvazia-se o "interesse de informar"
Brota o novo, o espanto
A palavra cansou de ser informativa
Foi além, para o início...
Quer ser imaginativa
(Homenagem à Manoel de Barros, que gerou em mim um desconserto. Não havia metafísica, só poesia quântica. Imagem: Martha Barros)
Rosalvo Abreu
Enviado por Rosalvo Abreu em 27/08/2018
Alterado em 27/08/2018