GRAVETO
E nessa dura purificação
Sob o sol forte
Ouço um estalo
Na lida dura do sertão
Encontrando na vida seca
E na sua utilidade o regalo
E a sua necessidade
Nas noites serenadas
Será sentida na urgência
Das labaredas que aquecerão
As frias madrugadas.
E lá no sertão,
Em noites frias
Com uma suave garoa,
Preciso de uma fogueira
E mais ainda de um graveto
Para iniciar as chamas.
Mas o sertão
É o lugar da natureza castigada
- e abençoada -
E na vegetação fustigada pelo sol
Nascem rios de gravetos.
E o sertanejo sorri verdumes,
Ele é um oásis de si mesmo.
Rosalvo Abreu
Enviado por Rosalvo Abreu em 27/05/2018
Alterado em 30/05/2018