Desimportância
Tenho necessidade de saber coisas,
Não importantes...
As desnecessárias.
O que me importa agora
É o espanto,
É o encanto.
Estou cheio das coisas úteis...
Quero saber como morrem as formigas...
Não as matadas,
Destas eu já vi tantas,
Mas as morridas...
Nunca vi uma.
As borboletas adoecem?
Acho que já vi algumas,
Assim, meio triste,
Desaprendendo a voar.
O que aconteceu?
Ah! Hoje ouvi um canto novo,
De um pássaro novo para mim,
Vi, também, os bem-te-vis cismados
Com a novidade da melodia.
Gostaria de saber por que
Veio parar no meu jardim...
Neste instante,
Na imensidão do meu limite,
Não preciso mais da lógica,
Nem mesmo da explicação...
O acaso me domina agora.
Rosalvo Abreu
Enviado por Rosalvo Abreu em 29/08/2015
Alterado em 29/08/2015